sexta-feira, 15 de junho de 2007

A PAIXÃO È UM INCENTIVO!





Através da minha grande paixão pelo azulejo, irei tentar, que venham a apreciar o quanto tem de interessante esta arte e o apreço pelo colecionismo. Tudo isto é novo para mim (este mundo novo da blogoesfera) , mas quando se quer muito uma coisa, vamos á luta e aqui estou para vos passar um pouco do que aprendi ao longo destes vastos anos, que não sendo esta a minha área de formação, dediquei praticamente toda a vida a este hobbie.

PADRÃO " TAPETE"



No final do século XVI, Portugal cai sob o domínio dos Filipes. As dificuldades económicas, que não permitiam acesso fácil às tapeçarias, aos vitrais e aos mármores, associadas às experiências acumuladas pelos portugueses no campo das artes e da cerâmica, conduziram ao aproveitamento máximo do azulejo como material decorativo. É então que aparecem numerosos exemplares de composições geométricas que vão desde as combinações em xadrez até formas mais complexas como os "azulejos de caixilho", que com as suas linhas oblíquas, decompõem e modelam as superfícies onde se encontram aplicados.Na sequência destes exemplares, surgiram os célebres "tapetes" do século XVII, formados pela repetição de padrões policromos. Estes padrões resultavam de combinações de um número variável de azulejos, formando quadrados de 4, 16, 36, ou mais elementos. Os vários "tapetes", cada um com o seu padrão diferente, justapostos e emoldurados por faixas, revestiam de alto a baixo as paredes das igrejas e por vezes o próprio tecto, produzindo efeitos decorativos surpreendentes.

A partir do último quartel do século XVII, vários factores provocaram profundas transformações na estética do azulejo. Os navegadores portugueses que tinham viajado pelo Oriente, divulgaram na Europa a faiança chinesa azul e branca que rapidamente conquistou o gosto dos países do Norte da Europa e se estendeu mais tarde aos países meridionais. A policromia dos azulejos foi então sendo substituída pelo monocromatismo, começando a surgir então vários padrões de "tapetes" do século XVII, reproduzidos a azul e branco.